quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Álcool e cigarro: jovens gays e lésbicas tendem a se comportar pior

Segundo um novo estudo, adolescentes gays, lésbicas e bissexuais são mais propensos a ter comportamentos de risco como tabagismo, consumo de álcool e portar armas.
Os pesquisadores entrevistaram 156 mil estudantes do ensino médio americanos. Esse é o maior estudo do tipo no país, realizado no período de 2001 a 2009, em diversas cidades dos EUA.
15,4% dos estudantes gays e lésbicas haviam dirigido um carro depois de consumir álcool nos últimos 30 dias, contra 7,8% dos estudantes heterossexuais. Cerca de 12% dos estudantes homossexuais também disseram que carregaram uma arma pelo menos uma vez no mês passado, quase quatro vezes mais do que os estudantes heterossexuais.
Havia também uma grande disparidade em relação ao fumo. 27,8% dos estudantes gays e lésbicas relataram que fumaram mais de 10 cigarros por dia durante o mês anterior, em comparação com 9,1% dos estudantes heterossexuais.
Além disso, estudantes gays e lésbicas eram muito mais propensos a pensar em suicídio. Cerca de 30% deles disseram ter considerado o suicídio, em comparação com 11,7% dos estudantes heterossexuais.
Os pesquisadores acreditam que os resultados são um alerta para as famílias, escolas e comunidades, para se empenharem mais em apoiar e dar suporte a esses jovens.
Segundo Laura McGinnis, porta-voz de uma organização nacional americana que oferece aconselhamento em crises e programas de prevenção ao suicídio, jovens gays, lésbicas e bissexuais tendem muitas vezes a comportamentos de risco porque são rejeitados por suas famílias e outros grupos de apoio.
Laura disse que essa informação é conhecida há anos, mas não havia pesquisa para apoiá-la. Agora, os novos dados devem ajudar a aumentar a sensibilização dos políticos e governos em relação à comunidade homossexual, e também criar mais treinamento para funcionários escolares.
Segundo ela, os esforços para promover a saúde e a segurança dos adolescentes devem levar em conta os fatores de estresse adicionais de orientação sexual, tais como o estigma, a discriminação e a vitimização.[Reuters]

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